Foi também calculado o número de orientações e co-orientações que foi utilizado para avaliar se cada candidato era elegível - os critérios exigem pelo menos uma orientação concluída para PQ2 e 10 orientações (ou co) para PQ1. Os candidatos elegíveis foram ordenados em função dos dois indicadores de produção e da avaliação qualitativa da produção científica. Essa ordenção e a distribuição de bolsas foi feita separadamente para as áreas de saúde pública e epidemiologia. Em relação a essa classificação cito o relatório do comitê:
"Como a taxonomia adotada pelo CNPq não reflete de modo adequado as subáreas adotadas tanto pela Saúde Coletiva como pela Nutrição, o comitê operou uma reclassificação de proponentes, considerando que as atuais subáreas de Medicina Preventiva e Saúde Pública seriam correspondentes ao que a área de Saúde Coletiva abarca como Planejamento e Políticas em Saúde e Ciências Sociais e Humanas em Saúde. Isto levou ao remanejamento interno, para fins de comparação, de 12 proponentes autoclassificados em Saúde Pública/Medicina Preventiva para Epidemiologia."
Em termos de bolsas novas, o CNPq disponibilizou 8 novas cotas PQ2 para o comitê, sendo que foram distribuídas 3 para a SP, 3 para a epidemio e 2 para a nutrição (quem tem um número menor de bolsas no total, sendo que o primeiro da lista de prioridades 2 ficou para a nutrição). A essas novas bolsas se somaram aquelas de 4 pessoas que não solicitaram renovação.
1* | 1237
2* | 12345799
3* | 1347
4* | 23
5* | 4
6* | 589
Em seguida, mostro como foi a mudança de nível (cada nível é um ponto na tabela) dos candidatos por área. Houve um maior número de promoções na epidemio, mas o número de novos bolsistas contemplados foi estritamente igual - 11 em cada área. Veja que às disponibilidade descrita acima se somam cotas geradas por pesquisadores que perderam a bolsa. Pois é, diferente do que muita gente pensa, há pesquisadores que são rebaixados ou mesmo que perdem a bolsa. A demanda é extremamente competitiva e quem não tem uma produção compatível está em risco. Há que se reconhecer que há uma certa inércia no processo e uma produção um pouco abaixo pode não resultar em redução de nível. Mas em alguns casos fizemos reduções de um nível de forma a chamar a atenção do pesquisador para a incompatibilidade de sua produção com outros igualmente classificados.
Mostro também como foi a mudança de nível por nível atual da bolsa. Há muito mais progressões que rebaixamentos, felizmente! A verdade é que a produção tem aumentado bastante e para a maioria dos pesquisadores a produção dos últimos 5 anos é muito mais que 50% da produção de 10 anos. Em média, a proporção de 5 anos / 10 anos é 77% para os bolsistas.
Bueno, por hoje é só. Se houver perguntas, quem sabe me animo a mais alguma análise. Uma das decisões importantes do comitê foi não levar em conta o projeto, e nem sequer olhar os pareceres ad hoc. Resolvemos também dar ampla divulgação ao relatório, já que o CNPq, diferente da Capes, não o disponibiliza na internet. Assim, ele será distribuído aos coordenadores através da Abrasco e eu dou minha contribuição deixando um link aqui para quem quiser. E note bem que esses resultados que apresentei foram a proposta do CA, tendo ainda que passar pela homologação do CNPq. E até o próximo julgamento!